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A Direita ainda resiste por: Olavo de Carvalho

As três bases sociais do conservadorismo no Brasil sempre foram (a) O empresariado, (b) a Igreja Católica, (c) as Forças Armadas. O primeiro perdeu toda consistência ideológica, adaptando-se servilmente às exigências do governo de esquerda em troca de vantagens miúdas imediatas, até fictícias em certos casos. A segunda deixou-se manipular por uma organização que nem mesmo pertence à sua hierarquia, a CNBB, que é uma fraude completa, e perdeu toda autoridade moral. As Forças Armadas começaram a dar um show de inépcia política ainda no tempo dos governos militares, e hoje estão merecidamente com o rabo entre as pernas.
Só o que sobrou foram as igrejas evangélicas, frações minoritárias da Igreja Católica, alguns estudantes e professores universitários insatisfeitos, cinco ou seis jornalistas valentes e igual número de parlamentares excêntricos. Isso é a direita no Brasil. Sua inexistência política é tão visível que a esquerda, para fingir que tem alguma oposição, tem de fazer de conta que meros articulistas de mídia, como Reinaldo Azevedo ou Demétrio Magnoli, são uma "extrema direita" organizada, riquíssima e pronta a tomar o poder. A esquerda arrombou uma porta aberta e hoje é tão poderosa que oscila entre gabar-se da sua onipotência e tentar camuflá-la fazendo-se de coitadinha, como uma raposa que se diz ameaçada pelas galinhas.


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